sexta-feira, 26 de março de 2010

RESPOSTA DO PASTOR CAIO FABIO PARA UMA MULHER VICIADA EM PORNOGRAFIA


"Boa noite Caio,

Sou uma mulher que somente começou a escrever porque não achou no sistema de busca do seu site nada relacionado ao assunto, e creio que eu não sou a única a ter esse problema.

Eu preciso de ajuda!

Já li vários conselhos seus para homens viciados em pornografia, afinal, você é homem e sabe bem falar palavras direcionadas a eles.

Mas, e as mulheres que são viciadas em pornografia? E as que se masturbam?

Eu sou casada, tenho atração pelo meu marido, nossos momentos íntimos são maravilhosos, mas eu não consigo deixa de ver sites pornográficos e de preferência de lésbicas; ou de mulheres fazendo sexo solitário.


Na minha adolescência tive experiências com meninas, mas gosto de homens sem dúvida.
Eu sempre sinto nojo de mim mesma depois de tudo e sempre digo a Deus que não vou mais fazer.

Aí eu me volto para ter prazer apenas na hora do sexo com meu marido, mas quando estou só em casa na internet, parece mais forte que eu, parece que eu estava sem sexo há meses e acabo caindo e cedendo à minha vontade.

Eu tenho filhos e não desejo que isso aconteça com eles.

Desde a minha adolescência que tenho acesso a revistas de mulheres nuas. Sou casada pela segunda vez e meu primeiro marido era viciado em pornografia, e também não buscava o meu prazer na cama. Então eu me masturbava com a desculpa de que ele era egoísta.

Meu atual marido também acessava muito, escondido, e já estava se viciando. Mas um dia me contou e pediu ajuda e eu o compreendi. Porém, não tive coragem de contar que eu também sou viciada e até hoje nunca contei. Ele é muito melindroso e tenho medo de magoá-lo profundamente.

Às vezes ficamos semanas sem sexo... Então eu fico achando que pelo fato de termos demorado me acho no direito de me masturbar pra aliviar.

Mas a culpa que sinto depois é terrível, pois, não quero trazer maldições pra minha família; e eu canto no louvor da minha igreja.

Sou cristã desde a infância e não posso mais viver esse dilema.
Ajude-me a entender o porquê de não conseguir deixar isso de vez?!
Isso faz mal a mim, me tira a paz, me tira até a dignidade, a auto-estima, a força de vontade de continuar a servir a Deus... Sinto-me uma escrava desses desejos incomuns.

No amor de Cristo ajude-me!

Grata."
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Resposta:

Minha querida amiga: Graça e Paz!
Obrigado pela confiança. Espero ser útil a você!
Deixe-me ser direto, listando as possíveis causas de tal pulsão excessiva.

1. A descoberta sexual com meninas fez você ficar sexualmente marcada pela “sacanagem” de tais brincadeiras escondidas, e, com o tempo, em períodos de frustração sexual, tais memórias podem voltar. Ora, elas voltaram na estação da vida na qual você se encontra agora. Assim, a frustração sexual associada à imaturidade emocional [masturbação], pulsam como desejo ardente na pessoa, e, geralmente, o resultado é no mínimo esse que você prova agora.

2. O casamento com o 1º marido egoísta e sexualmente viciado em pornografia, inculcou e introjetou em você essa possibilidade como escape; pois, foi assim que você fez a fim de escapar da falta de carinho, de afeto, de trato, de jeito e de amor da parte dele. A gente pode se viciar não apenas na coisa que faz, mas, também, e, antes disso, viciar-se na pulsão que nos estimula à coisa. Ou seja: o vício não é a coisa que se faz, é a causa de porque se faz aquilo. Portanto, a base do vício, nesse caso, é todo ele determinado pela pulsão psicológica, visto que não há agentes químicos interagindo e moldando o seu desejo sexual.

3. Como o 2º casamento também não é carregado de plenitude nessa área, então, fica a desculpa da necessidade sexual a fim de dourar a pílula.

Provavelmente haja na situação ainda um ou dois elementos a mais, de natureza psicológica, e, quase que certamente, são ligados à família [pai, mãe, etc.], mas que não devem ser de natureza fundamental, pois, se assim fossem, você os teria relacionados na sua carta.

Você falou dos homens e perguntou pelas mulheres no tema pornografia. Ora, quando o assunto é esse, e quando o vício é dessa natureza, as mudanças de contorno psicológico entre homens e mulheres não mudam muita coisa.

O que fazer?

1. Entender o processo. Sem entender o que está ocorrendo psicologicamente com a gente, ninguém luta objetivamente contra nada. Portanto, entender o processo já desmistifica a própria natureza da pulsão. Sim! A pessoa já pode dizer a si mesma: “Isto é apenas ‘isto’. Portanto, fique fria!”

2. Manter muita relação sexual com o marido. Sim! Sempre. De preferência todos os dias no primeiro mês. E mais: se bater vontade de masturbar-se, e o maridão estiver cansado, masturbe-se na frente dele, para ele. Vergonha? De quê? Vocês são um; e, além disso, todo seu prazer deve ser dele e vice versa. É esse espírito pudico no lugar errado, que leva a mulher a ter vergonha de se masturbar com e para o marido, e que a conduz a masturbar-se em fuga e medo; e, portanto, já não incluindo o marido na fantasia do pensar, antes, escolhendo personagens estranhos à sua vida real.

3. Quando bater aquela “tremedeira” de desejo viciado, então, ao invés de ceder, converse com você mesma sobre as razões do desejo. Você verá que tudo começará a ir para deu devido lugar.

4. Ao entrar na Internet vá direto ao que edifica. No mais, nem use a Internet. A Net é e-mail, sites bons e pesquisa útil, e nada mais. Chats, sites malucos, etc. — não devem sequer fazer parte de nossos interesses como gente adulta.

O mais importante, no entanto, é não pensar que seu problema é sexual, pois, de fato, não é.

A masturbação, por exemplo, não é o problema em si, mas o que a provoca e o resultado de infantilismo sexual e emocional.

Qualquer um pode se masturbar. É simples: a genitália é da pessoa, a mão, a fantasia, etc. Que mal há nisso? — pergunta alguém. Ora, o problema é o que gera tal desejo e o que de sua pratica decorre.

A causa é imaturidade. Fantasia é imaturidade. Há um nível de fantasia que é indolor. Mas, no geral, ela leva a mente a um buraco sem fim. Por isto, alimentar a fantasia é o caminho para a neurose e a paranóia. E, portanto, também é o caminho para o vício provado como neurose e para a culpa sentida de modo paranóico.

De fato você tem que se perguntar é a respeito de duas coisas:

1. Seu casamento: Você ama o seu marido ou está com ele porque é assim que gente grande faz? Sim! Pois, você e seu marido, em se amando, serão sempre as melhores proteções um para o outro em relação às doenças da alma. Se o que há entre você e seu marido é real e verdadeiro, então, não havendo melhora em você, inevitavelmente ele tem que ser informado por você, assim como um dia ele pediu a ajuda a você, e foi ajudado.

2. Sua vida com Deus e seu desejo de andar no Evangelho: Uma pessoa de Deus pode se viciar em qualquer coisa, dependendo da hora e das circunstancias. Mas é a vida com Deus o único poder que pode nos fazer largar o vício e andar pacificadamente. O que você pensa sobre Jesus? Sobre o Evangelho? Que lugar ocupam em sua vida?

Sobre a masturbação, creia, não falo sobre ela com nenhum moralismo. No entanto, creio que uma mulher casada que se masturba com regularidade, está tendo algum problema sério no casamento, ou, então, não se satisfaz com o marido.

Do contrário, pode ser a manifestação de uma infantilidade sexual que se enraíza no passado.
Ora, creio que seja esse o seu caso, pois, você mesma mencionou os “tesões da infância”, todos relacionados às meninas.

Assim, se em razão de irresoluções afetivas e sexuais, você recorre às memórias de excitamento, todas relacionadas ao escondido e proibido, o tesão aumenta muito, mas, nesse caso, é apenas uma bolha, visto que você continua beijando vento.
É justamente por isto que a masturbação não é solução de prazer, mas apenas um caminho para o vício.

Desse modo, pela suposta carência, você se masturba, e, depois, masturba-se outra vez, até que passa a precisar se masturbar, pois, do contrário, não suporta a pressão horrível de tesão no ventre, e, assim, masturba-se outra vez...

Ora, a culpa após o ato de masturbar-se não é culpa provocado por Deus, mas pela insignificância de ser.
Sim! O que a masturbação produz é insatisfação e tristeza, em razão do vazio, do nada, do coisa alguma que ela oferece; embora, antes do ato, a pessoa creia que se não excitar-se até ao orgasmo, explodirá de desejo.

A masturbação faz parte natural do processo de maturação sexual, até que se chegue ao tempo de ter relações sexuais.
Após esse tempo, a masturbação pode acontecer como parte das preliminares do casal, ou, em algumas ocasiões, parte de que acontece mesmo entre os dois, livremente.
Além disso, na ausência de um, em havendo saudade e desejo, pode ser que se sinta o desejo de masturbar-se de ansiedade pela presença do outro. Ora, isto é natural para algumas pessoas, desde que não seja a regra.

Creio que ao invés de recorrer à masturbação, você deve procurar o seu marido sem temor e sem pudor.
Paulo disse que o corpo do marido pertence à mulher e vice versa (I Corintios sete).
Depois do andar tranqüilo em razão da confiança em Deus, sexo é antídoto contra a masturbação.
Em geral as pessoas se masturbam por não terem a chance da relação sexual. Mas não é sadio que alguém tendo a chance real do sexo se refugie na masturbação.

Digo isto por que essa inversão não é sem custo. Sim! O preço é um terrível sentimento de dês-significação, e que a maioria das pessoas associa a culpa.

Leia o site sem pensar que coisas são para homens e outras para mulheres. Jesus não teve e não tem um evangelho para homens e outro somente para mulheres.

Sim! No que tange à saúde da vida e da alma, o que serve e é para um, é para o outro também.

Se você não estivesse fazendo essas diferenciações entre homens e mulheres quanto ao que digo, há muito que você já teria feito mais progressos quanto a isso. Portanto, leia. Ao final transcreverei a você vários links para a leitura no site.

Receba meu carinho!

Nele, que nos quer ver em crescimento,

Caio Fabio D'Araujo Filho.


Fonte: www.caiofabio.net

2 comentários:

Anônimo disse...

A maioria das mulheres tem esse poblema,eu ao sou uma,ficava nervosa e anciosa se nao me masturbasse,derrepente sentia um impulso,as veze fracos e asvezes fortes.Tinha vontade ,impulsos de ver pornografias de qualquer jeito,parecia um vicio de drogas,me sentia feliz em me masturba,como fosse um calmante,mais depois de masturbar,me sentia mal,com vergonha,meu marido nao sabe disso.Agora eu estou alguns semanas sem me masturbar,pois orei muito a Deus para me libertar e eu creio que estou consequindo.

Anônimo disse...

Transo com minha mulher no mínimo 2 vezes por semana, os demais dias me masturbo.
Não tenho o mínimo remorço por isso e minha mulher sabe, o dia que não transo ou me masturbo sinto muito desconforto.
Tenho que gozar gostoso e sem nenhuma culpa para viver bem e feliz.
E para os evangélicos digo, quando faço sexo convido até os anjos para participar do evento e viver junto a mim tais experiências.
É isso aí saiam um pouco da biblia e vivam suas experiencias, foi para isto que viéram para este orbe.