quinta-feira, 18 de julho de 2013

ARQUIVO 154 ENTREVISTA ZÉ GERARDO SÁ


O Arquivo 154 é um projeto que idealizei em celebração à Semana do Município de Itapajé, com a finalidade de publicar rápidas entrevistas com personalidades que estudam a nossa história local. As indagações aos entrevistados envolveram história, curiosidades e política local. 

O Itapagé com G:
Entrevista com José Gerardo Sá

O senhor é um dos itapajeenses que defendem a volta do termo ITAPAGÉ como sendo o nome oficial do município. Por quê?
Não defendo a volta do termo ITAPAGÉ, pois nunca foi outro.

Qual a origem do termo Itapagé? Qual a teoria que o senhor defende?
Não há teoria. Só existe um nome e este nome é ITAPAGÉ. Vem do Decreto Lei Estadual nº 1114 de 30 de dezembro de 1943. Foi votado na Câmara Municipal de Itapagé (ITAPAJÉ) uma lei municipal (lei que permite a grafia de Itapajé com J), mas ela não anula uma lei estadual. Portanto, o nome correto é ITAPAGÉ. Um decreto federal de 22 de outubro de 1943 estabeleceu a correção homógrafa pela comissão de Revisão de Divisão Administrativa, presidida por Tomás Pompeu de Sousa Brasil Sobrinho. Isto significava que no Brasil não podia mais ter municípios com nome iguais. Daí mudaram vários nomes de municípios e distritos, como São Francisco para Itapagé, Lages para Acopiara, Cachoeira para Solonopólis, São Miguel para Iratinga, Retiro para Caxitoré e outros mais. No site do IBGE e do INSS, por exemplo, se digitar Itapajé com J, não aparecerá resultado, apenas com G. No velho arco da entrada da cidade tem, dos dois lados, a inscrição "ITAPAGÉ A RAINHA DO NORTE”. O nome foi imposto pela força que tinha o Sr. HENRIQUE LAGE, filho de imigrante português, dono da Cia. de Navegação Costeira, composta da frota dos ITAS e dos ARAS. E por aí vai.

Itapagé ainda não tem um museu para a história do município...
Quanto ao museu, desde o tempo em que o Raimundo Vieira Filho foi prefeito, sugeri que reformasse o antigo casarão do Açude de São Miguel e instalasse um museu, explorando o fato de ter sido construído pelo Imperador Pedro II.

O senhor se considera um historiador? Pretende um dia escrever um livro?
Quanto a ser historiador, nem de longe. Apenas curioso ao tentar saber a minha origem (SÁ). Ao estudar, encontrei o porto e o farol de Camocim com o nome ITAPAGÉ, daí a minha pesquisa. Não sei, na verdade, nem escrever; que dirá um livro.

Agradeço ao senhor Zé Gerardo Sá ao responder nossas indagações. Muito obrigado.

Itapajé-Ce, Julho de 2013.

Cesário Pinto.

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